Se debaixo das asas maternas é tão
mais seguro
E o alimento previamente triturado
tão mais saboroso
Por que é que um dia eu me
arriscaria a voar
Não que eu não fantasie com a idéia
de lançar-me do ninho
Permitindo que o vento finalmente
acaricie minhas penas
Tendo cada dia uma nuvem diferente
como amante
Que chore lágrimas doces ao me ver
partir
Mas fora daqui tudo é tão diferente
e confuso
E se o céu decidir que não sou
digno de seus domínios e arremessar-me
Nas formas abstratas do concreto
abaixo
Se eu nunca mais encontrasse o
caminho de volta para meu lar
Não suportaria viver sem o canto de
meu pai para me confortar
Outro dia talvez eu
experimente, hoje não
Logo meus genitores devem retornar
com minha refeição
Já vejo ao longe um vulto
aproximar-se em minha direção
Não, não são eles, é um gavi....
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