Aos que acordam cedo
Aos que levam trabalho pra casa
Aos workaholics
Aos que estão de plantão
Aos que sonham plágios
Aos zumbis
Aos fantasmas
Aos zés-ninguém
Ao trabalhador
Que se esconde dentro de fones de ouvido
Aquele que vive nas sombras
E se esconde na luz
Nas multidões
E na mediocridade
Aos que jogam o jogo da vida
Obedecendo cegamente aos dados
Sem nem imaginar
Que poderiam simplesmente jogar o tabuleiro pro alto
Ergam seus copos, suas taças, suas garrafas
Em direção ao céu, ao sol, e a lua
E brindem a vida
Gritando
Uivando
Se embriagando
E se amando
Em memória daqueles que morrem em vida
Sem nem se dão conta
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